A nossa Organização e os seus produtores têm, ao longo do seu percurso, participado ativamente no tema da resposta social do território. São muitos os produtores que individualmente decidem apoiar projetos de caráter social e fazem-no com regularidade.
Em termos coletivos, a Lusomorango é um elo muito ativo.
A Lusomorango tem contado com uma força de trabalho de milhares de trabalhadores de mais de 30 nacionalidades, dispersos pelas diferentes áreas geográficas em que desenvolve a sua atividade – Alentejo, Algarve e Ribatejo.
O concelho de Odemira, no Sudoeste Alentejano, é o território onde estamos mais presentes, pelo que é aquele onde também investimos mais em termos de ações sociais. O VAB (valor acrescentado bruto) de Odemira, dados para 2017, segundo um estudo realizado pela Universidade Católica Portuguesa, ascendeu a 192 milhões de euros e os efeitos diretos e indiretos da hortifruticultura no VAB de Odemira somam 95 milhões de euros (um peso de 49%).
Em termos de emprego, os efeitos diretos e indiretos das Frutas e Legumes no concelho estimam-se em 6.000 indivíduos – um número que representará 35% do total de empregos. Ou seja, a agricultura é, neste concelho alentejano, o seu motor económico e é ainda o mais dinâmico. Este município tem, no entanto, como muitos outros, níveis demográficos muito pouco expressivos. A chegada ao concelho de pessoas que são absorvidas pelas ofertas de emprego que Odemira tem conseguido dinamizar tem sido de particular atenção da Lusomorango.
A atração ao território de pessoas de origem não nacional obriga a que o concelho tenha uma resposta de acolhimento e integração. Dando corpo aos diversos instrumentos que o Pelouro para a Ação Social da Câmara Municipal de Odemira já detinha, um conjunto de empresas, entre as quais a Lusomorango, tem vindo a associar-se a essas respostas municipais agregando às mesmas outras valências ou criando profundidade às já existentes.
É assim que se destacam o CLAIM (Centro Local de Apoio e Integração do Migrante) e o programa Giramundo. Enquanto que o CLAIM se debruça sobre o momento da chegada, dando a esses cidadãos o primeiro contacto com o território e os seus diversos instrumentos – questões de legalização, reagrupamento familiar, unidades de saúde, serviços de finanças, etc. – o Giramundo, um projeto de oferta cultural, lúdica e informativa, tenta cuidar de um segundo momento – aquele em que estes cidadãos se deparam com a beleza natural e das gentes do concelho de Odemira, oferendo-lhes todas as ferramentas para que o seu processo de integração seja rápido e bem sucedido.