
Na imagem: José Manuel Fernandes, Ministro da Agricultura e Pescas
Perímetro de Rega do Mira gerou mais de 130 milhões de euros de receitas fiscais em 2023 e uma média de 15 mil empregos por ano
O Estudo da EY-Parthenon sobre “impacto económico dos pequenos frutos e da agricultura no Perímetro de Rega do Mira” destaca Portugal como um dos maiores exportadores mundiais de framboesa e amora
Em 2023, o Perímetro de Rega do Mira gerou um impacto de 502 milhões de euros em Valor Acrescentado Bruto (VAB) e mais de 130 milhões de euros em receitas fiscais. Se ultrapassados os constrangimentos ao fornecimento de água, a região teria gerado, em 2023, um impacto de 742 milhões de euros em VAB e mais de 190 milhões de euros em receitas fiscais.
A Lusomorango e a EY-Parthenon marcaram o início do ano com a apresentação do estudo “O impacto económico dos pequenos frutos e da agricultura no Perímetro de Rega do Mira”, que analisa o contributo económico e social da agricultura em Odemira e Aljezur, entre 2019 e 2023.
De acordo com o relatório, o Perímetro de Rega do Mira (PRM), atualmente em situação de contingência hídrica, é um dos principais motores de desenvolvimento económico e social da região, gerando riqueza e emprego no setor agrícola e noutras áreas, dinamizadas pela atividade agrícola e pela população, como atividades imobiliárias, comércio, fabrico de produtos químicos, serviços financeiros, transportes, serviços de água, energia e resíduos, e restauração.
No período analisado, destacam-se os seguintes factos:
⦁ o PRM gerou um impacto médio anual de 422 milhões de euros em Valor Acrescentado Bruto (VAB), com mais de 50% do valor em Odemira. Em 2023, o impacto total no VAB atingiu 502 milhões de euros, refletindo um crescimento sustentado;
⦁ a atividade no PRM assegurou uma média anual de 116 milhões de euros em receita fiscal. Em 2023, a receita fiscal total associada ao PRM atingiu 134 milhões de euros, consolidando a sua relevância nas finanças públicas;
⦁ em Odemira, e durante o ano de 2023, os dados mostram que o impacto indireto e induzido da cadeia de fornecedores e do consumo viabilizado do PRM, soma 22,3 milhões de euros nas atividades imobiliárias, 13,3 milhões de euros no comércio, 17,8 milhões de euros no fabrico de produtos químicos, 2,3 milhões de euros nos serviços financeiros, 3,3 milhões de euros nos transportes, 1,2 milhões de euros nos serviços de água, energia e resíduos e 4,8 milhões de euros na restauração.
⦁ a atividade agrícola no PRM viabilizou uma média anual de 15.228 postos de trabalho, 76% dos quais em Odemira, contribuindo para o rejuvenescimento e fixação de populações no território. Em 2023, o PRM viabilizou 16.513 empregos, 75% dos quais em Odemira;
⦁ os pequenos frutos representam a maioria das culturas mais produtivas por hectare e metro cúbico de água utilizada no PRM. Em 2023, Portugal destacou-se como um dos maiores exportadores de framboesa e amora, com 10,5% das exportações mundiais;
⦁ com os investimentos dos produtores agrícolas em tecnologia, a eficiência no uso dos recursos hídricos e sistemas de produção aumentou e o volume de água fornecido para a agricultura diminuiu 72% entre 2019 e 2023, gerando um modelo de produção mais sustentável.
A sessão contou com Miguel Farinha (country manager EY Portugal), Loïc de Oliveira (presidente Lusomorango), Sandra Primitivo e Rui Faustino (respetivamente executive director e senior manager e ronsáveis pelo estudo EY-Parthenon), Luís Mesquita Dias (presidente da Associação dos Horticultores, Fruticultores e Floricultores dos Concelhos de Odemira e Aljezur) e Sofia Horgan (administradora Beira Baga). A encerrar o encontro estiveram Álvaro Mendonça e Moura, presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal, e José Manuel Fernandes, Ministro da Agricultura e Pescas.
