
Na imagem: João Moura, Secretário de Estado da Agricultura
“Sem água não há agricultura, e o país sem agricultura é garantidamente mais fraco”
Secretário de Estado da Agricultura destaca a necessidade de uma estratégia nacional que resolva as condicionantes hídricas do país, durante o 6º Colóquio Hortofrutícola da Lusomorango em Odemira
Loïc de Oliveira, presidente da Lusomorango, salientou a urgência de concretizar projetos essenciais para o futuro da agricultura em Odemira, como os projetos com financiamento do PDR2020 de modernização do perímetro de rega e a construção da nova Estação Elevatória na Barragem de Santa Clara. Alertou também para a necessidade da total pressurização do PRM e de uma fonte de água complementar à Barragem de Santa Clara, como a interligação Alqueva – Mira – Odelouca – Bravura
A Lusomorango, em colaboração com a Universidade Católica Portuguesa, realizou o 6º Colóquio Hortofrutícola em Odemira, dedicado ao tema “Novas Fontes de Água: Soluções estruturais para um futuro sustentável”.
Inserido no programa “Visão Estratégica para o Agroalimentar – Conhecer para Decidir, Planear para Agir”, o evento reuniu mais de 120 participantes, incluindo especialistas, produtores, gestores e representantes da esfera política, empresarial e académica, com o objetivo de constituir uma plataforma de reflexão, debate e apresentação de soluções inovadoras e competitivas e mais sustentáveis, em torno de novas fontes de água que assegurem para produção de alimentos.
João Moura, Secretário de Estado da Agricultura, destacou a prioridade de valorizar e reposicionar a agricultura, e de implementar uma estratégia nacional que resolva as condicionantes hídricas. De acordo com o governante, a água é um recurso crítico e “sem água, não há agricultura e o país sem agricultura é garantidamente mais fraco”.
Loïc de Oliveira, presidente da Lusomorango, salientou a urgência de concretizar projetos essenciais para o futuro da agricultura em Odemira, como os projetos com financiamento do PDR2020 de modernização do perímetro de rega e a construção da nova Estação Elevatória na Barragem de Santa Clara. Alertou também para a necessidade da total pressurização do PRM e de uma fonte de água complementar à Barragem de Santa Clara, como a interligação Alqueva – Mira – Odelouca – Bravura.
Hélder Guerreiro, presidente da Câmara Municipal de Odemira, defendeu que só com conhecimento e em conjunto será possível vencer os desafios da disponibilidade de água no território.
Gonçalo Santos Andrade, vice-presidente da CAP, destacou o potencial da região e a capacidade dos agricultores locais. Ressaltou a importância de avançar com o programa “Água que Une”, construir e modernizar reservas de água, e executar obras já previstas e financiadas.
O painel “Retrato de Odemira: impacto da atividade agrícola hoje e o futuro do território sem a gestão de água necessária” destacou a importância da agricultura e do turismo como pilares económicos da região, e o papel fundamental dos trabalhadores estrangeiros no preenchimento de lacunas no mercado laboral.
Miguel Miranda, ex-presidente do IPMA, enfatizou a urgência de investir no armazenamento de água e ampliar iniciativas para aumentar a disponibilidade hídrica, destacando a aceleração das alterações climáticas.
Os estudos apresentados reforçaram a valorização de soluções como a interligação Alqueva-Santa Clara e a dessalinização de água do mar para o Perímetro de Rega do Mira.
