7º Colóquio Hortofrutícola

Mesa-redonda“Segurança Alimentar: O Desafio Global”.
Abertura com Loïc de Oliveira (Lusomorango)
Intervenção de Paulo Portas

Casa cheia no 7º Colóquio Hortofrutícola: “A água que não chega hoje, é produção que se perde amanhã”

Sob o mote “Nutrir o Futuro: Produção Agrícola, Segurança, Autonomia e Soberania”, a 7ª edição do Colóquio Hortofrutícola da Lusomorango regressou à FACECO para reafirmar o compromisso com uma agricultura moderna, resiliente e geradora de valor para o país.

Mais de 150 participantes, entre decisores políticos, empresários, académicos e produtores, estiveram reunidos em Odemira no 7º Colóquio Hortofrutícola da Lusomorango, num evento que destacou os principais desafios do setor em tempos de incerteza geopolítica, alterações climáticas e pressões económicas.

Loïc de Oliveira, presidente da Lusomorango, abriu o encontro sublinhando o percurso da organização e apelando ao cumprimento das promessas feitas pelo Governo: “O que construímos não é obra do acaso. É fruto de trabalho, visão e persistência. Mas não podemos, não queremos e não devemos fazer o caminho sozinhos. Pedimos que as promessas deixem de ser promessas e passem à ação. O plano ‘Água que Une’ é um bom sinal, e a água que não chega hoje, é produção que se perde amanhã.” Loïc de Oliveira apelou ainda à simplificação administrativa, considerando que “não há futuro sustentável com processos que pecam pela razoabilidade e, em alguns casos, até mesmo pelo entendimento lógico.”

Num discurso marcado pela visão estratégica, Paulo Portas alertou para a mudança de paradigma: “a Europa precisou da guerra da Ucrânia para perceber que energia e alimentação são categorias geopolíticas. A sua postura, a partir de então, não pode ser mais ‘business as usual’.”

Álvaro Mendonça e Moura, presidente da CAP, destacou a necessidade de estabilidade nas políticas para o setor avançar: “há duas formas de gerir o país: fazer umas coisas antes das eleições para as ganhar, ou fazer um trabalho estrutural. Na questão da água, houve a coragem de colocar em cima da mesa a estratégia ‘Água que Une’. Este é o ponto de partida, mas não pode ficar como o novo aeroporto de Lisboa.”

O Ministro da Agricultura e Mar, José Manuel Fernandes, encerrou a sessão com uma mensagem clara: “a segurança alimentar significa ‘comida no prato’, e exige inovação, investigação e menos burocracia. O combate à burocracia é uma urgência.” Destacando o papel das organizações de produtores como a Lusomorango, reforçou que “o setor avança com mais de 50 ações apoiadas pelo PEPAC, promovendo modernização, sustentabilidade e menos burocracia.”

Com transmissão em direto e participação recorde, o colóquio reforçou o papel da Lusomorango como voz ativa na promoção de uma agricultura mais moderna, sustentável e estratégica para Portugal.

Assistir ao evento completo: https://www.youtube.com/live/cbNqUM3J7T8